O mundo é calmo
O leve toque do vento no rosto
A leveza do oceano com as suas ondas
Tudo sempre teve o mesmo ritmo, sereno.
O voo dos pássaros, a harmonia entre as espécies
A tranquilidade na vida nos diz muito
Sobre a tranquilidade, sobre a serenidade
Deste mundo azul e puro.
Uma passada, uma pegada
Uma caça, uma corrida
Uma estrada de ferro, a criação da roda
O barulho de um trem em alta velocidade
A corrida dos automóveis, a produção bélica
Uma relação de domínio, um trabalho escravo
Gritos de dores, gritos de guerra
O barulho das bombas
O desespero dos que estão morrendo
A tecnologia, as disputas políticas
O mundo tem respiração ofegante
De quem suspira e não aguenta mais
De quem nunca quis enxergar a artificialidade humana
De quem nunca esperou a destruição do seu ritmo natural
O mundo somos nós, que temos o reconhecimento dele
Nós suspiramos, não somente as espécies
Nós queremos sair desse vídeo que não nos pertence
Desse consumo que nos foi criado e imposto
Dessas guerras e balanços que apenas favorecem lados
O mundo não é mais calmo
Os conflitos chegaram para nos mostrar o único caminho que criamos
A destruição.
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